quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Cadê Você Bernadette?

Bernadette Fox é notável. Aos olhos de seu marido, guru tecnológico da Microsoft e rock star do mundo nerd, ela se torna mais maníaca a cada dia; para as demais mães da Galer Street, escola liberal frequentada pela elite de Seattle, ela só causa desgosto; os especialistas em design ainda a consideram uma gênia da arquitetura sustentável, e Bee, sua filha de quinze anos, acha que tem a melhor mãe do mundo. Até que Bernadette desaparece do mapa. Tudo começa quando Bee mostra seu boletim (impecável) e reivindica a prometida recompensa: uma viagem em família à Antártida. Mas Bernadette tem tal ojeriza a Seattle - e às pessoas em geral - que evita ao máximo sair de casa, e contratou uma assistente virtual na Índia para realizar suas tarefas mais básicas. Uma viagem ao extremo sul do planeta é uma perspectiva um tanto problemática. 
Para encontrar sua mãe, Bee compila e-mails, documentos oficiais e correspondências secretas, buscando entender quem é essa mulher que ela acreditava conhecer tão bem e o motivo de seu desaparecimento. Maria Semple revela, em seu segundo romance, a influência de grandes escritores contemporâneos como Jonathan Franzen e Jeffrey Eugenides, ao mesmo tempo que se afirma como uma voz original, marcada pelo melhor humor das séries de TV norte-americanas. Sem sentimentalismos, mas com muita empatia, Cadê você, Bernadette? trata do amor incondicional de uma filha por sua mãe imperfeita.


Preciso começa essa resenha falando, Bernadette é simplesmente o tipo de pessoa que eu quero ser quando crescer! Quando inicie o livro “Cadê você, Bernadette?” estava meio com o pé atrás, pois todos os livros que li e ouvia as pessoas falarem que eram engraçados, no fim acabava me decepcionando. E isso acabou contribuído para que eu ficasse meio longe do gênero de comédia. Eu já tinha o livro “Cadê você, Bernadette?” havia algum tempo, mas por preguiça e frustração com  o livro “Fiquei com seu número”( que não é da mesma autora),  acabei por colocar a livro da Bernadette no mesmo patamar. Doce, erro meu! Só adiei a sensação de ler um livro maravilhoso, descontraído, leve, e muito bem humorado! Bernadette é com certeza uma personagem, incrível. Digo isso correndo o risco de parecer um pouco influenciada por uma personagem que eu sei, não é tão original, pois já existem outros do gênero. Para quem é Fã de Doutor House, com certeza vai gostar, ou mesmo amar a Bernadette. Pois com sacadas inteligentes, sarcásticas e irônicas, Bernadette consegue fazer o leitor gosta dela, fazendo observações que nós faríamos, se estivéssemos no lugar dela.   Com suas crises de personalidade e sua maneira pratica de resolver as situações, e vê o mundo, fica difícil dizer que ela está errada em um problema. Quanto à trama como todos sabem pela sinopse Bernadette some! Mas o que achei muito bacana é que ela não some simplesmente no inicio do livro. O livro inicia a narrativa alternando entre uma narração de primeira pessoa, de sua filha Bee, onde ficamos sabendo o que se passa na mente dela. E email, cartas e diálogos entrem outros personagens, como por exemplo, o pai dela Elgie e sua mãe Bernadette. E é através disso que conhecemos um pouco da Bernadette, e os outros personagens. No começo, tem todas as situações estranhas e engraças que são narradas pela própria Bernadette, em e-mails, para sua assistente virtual. Mas chega a um determinado momento que ficamos meio no escuro. Já que ela some, e entra aí outra forma de saber das coisas, que é somente saber o que os outros personagens sabem, ou seja, nada. Pois ninguém sabe ao certo o que houve com ela. E assim como a Bee, temos que começar a investigar o que ouve para que Bernadette fosse embora. Onde ela está!  Isso é muito Brilhante, pois temos vários pontos de vista de pessoas que são afetadas diretamente pelo sumiço dela. E que de repente passam a narrar a estória em certo ponto do livro.  Devo ressaltar que não achei o final de todo ruim. Como vi algumas pessoas falando. Mas fiquei com a sensação que certas partes dos trechos finais não condiziam com atitudes de Bernadette Fox. Entretanto, findado a leitura, fiquei com à impressão que enquanto seres humanos, todos estamos em constante aprendizados, e isso se aplica também a Bernadette.
Devo concluir que amei esse livro e muito provavelmente irei ler ele novamente um dia, para manter o espírito leve! Vale um destaque para as narrações de Bernadette para sua “assistente virtual”! E seus discursos sobre os canadenses, que ela nunca deixou claro suas opiniões sobre eles. Entretanto deixou subentendido.  Outro destaque para rixa  entre Bernadette e sua vizinha Audrey.

Cadê você, Bernadette?  é o tipo de livro que além de rápido para ler, mostra como um autor pode ser criativos em narrativas que são simples, porém muito boas e dinâmicas. Com boas pitadas de humor negro, é pouco provável que alguém que goste do gênero Chick-Lit, mas não somente desse gênero, gostará de ler na certa. Mas devo ressaltar que talvez seja melhor apreciado por quem curte sagacidade com toques de ironia. Caso contrario pode parecer um livro meio bobo ou até enfadonho. 

Já incluir o novo livro da autora Maria Semple na minha lista de livros futuros. Pois afinal escritas como a dela é meu estilo favorito.  


Autora: Maria Semple
Ano: 2013 
Páginas: 376
Idioma: português 
Editora: Companhia das Letras