sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Resenha: The Kiss of Deception


The Kiss of Deception





























Tudo parecia perfeito, um verdadeiro conto de fadas menos para a protagonista dessa história. Morrighan é um reino imerso em tradições, histórias e deveres, e a Primeira Filha da Casa Real, uma garota de 17 anos chamada Lia, decidiu fugir de um casamento arranjado que supostamente selaria a paz entre dois reinos através de uma aliança política. O jovem príncipe escolhido se vê então obrigado a atravessar o continente para encontrá-la a qualquer custo. Mas essa se torna também a missão de um temido assassino. Quem a encontrará primeiro? Quando se vê refugiada em um pequeno vilarejo distante o lugar perfeito para recomeçar, ela procura ser uma pessoa comum, se estabelecendo como garçonete, e escondendo sua vida de realeza. O que Lia não sabe, ao conhecer dois misteriosos rapazes recém-chegados ao vilarejo, é que um deles é o príncipe que fora abandonado e está desesperadamente à sua procura, e o outro, um assassino frio e sedutor enviado para dar um fim à sua breve vida.




Com o lançamento do livro Kiss of deception  no Brasil. Fiquei curiosa para saber mais sobre a estoria que tanto ouvi falar que era boa, antes mesmo de ser lançado aqui. Muitas pessoas que leram afirmaram que era um excelente livro. Devo confessar que quis o livro por dois motivos: um, pela capa belíssima e depois por ser lançado pela Darkside (que na minha opinião, são os livros de melhor qualidade no momento). Entretanto ao ler o livro devo admitir que me decepcionei um pouco. A premissa do livro vende uma estória diferente, com uma protagonista de personalidade e idéias fortes. Que não gosta que a inferiorizem ou  menospreze suas opiniões por ser mulher.  



Lia é a primogênita, e tal, como manda as tradições de seu reino deve casar, não por amor, mas por obrigação para com seu povo. Estabelecendo assim uma aliança de paz entre os reinos de Morrighan e Dalbreck. Só que Lia é determinada e de opiniões forte e por isso não aceita que seu futuro seja decidido apenas por uma obrigação.

No inicio do livro somos apresentado às decisões de Lia. E são essas decisões que influenciam toda a trama, que levará a todos os envolvidos a tomar suas ações. Lia resolve fugir no dia do seu casamento. Esse ato faz com que sejamos apresentados aos outros personagens.  Sendo o primeiro deles o príncipe, com quem ela iria se casar.  Depois o assassino que é encarregado de procura- la.

O livro é narrado sobre o ponto de vista de cinco personagens. Digo cinco, pois como mencionei o primeiro ponto de vista é de Lia, depois o príncipe e o assassino. E a partir do momento que ambos se encontram com ela, passa a ser narrado, por nomes que podem ser os nomes verdadeiros deles, ou não. Rafe, que é descrito como rude desde o inicio. E Kaden, que é o oposto, gentil e confiável. Desse ponto em diante, temos capítulos que são do príncipe, que é um dos dois, Kaden ou Rafe. E o assassino.  E também sobre o ponto de vista de, Kaden e Rafe. Além é claro de Lia. 

Esse tipo de narrativa é bom, por que nos apresenta os motivos, e crenças de todos os personagens principais. Mas devo ressaltar que senti que perdi algo da narrativa. Pois chegou determinado momento que fiquei confusa com os personagens.
Desde o inicio da trama também somos apresentados as tradições e cultura do reino de Morrighan. Que sem sombra de dúvidas é o ponto mais alto da trama. Não só Morrighan, como também do reino de Dalbrack, e o povo selvagem, que é como é descrito o povo do assassino encarregado de encontra Lia. As crenças, costumes e religiões, são de fato o mais fascinante no livro. Parece que a autora, já pensou bem, e definiu aonde quer chegar. Mas sinto que nesse ponto é onde está o calcanhar de Aquiles do livro. Pois se por um lado tudo é lindo e maravilhoso, por outro senti que não teve tanto desenvolvimento quanto poderia ou gostaria.  Quando iniciei a leitura fiquei com a sensação de que seria tudo frenético e rápido. Colocando Lia sempre de frente com as conseqüências de seus atos. Porém a realidade é outra, senti que a autora perdeu muito tempo, narrando, o que Lia e Pauline (sua amiga), vestiam o tempo todo. Também gastou muito tempo com ela no vilarejo. E digo que isso é quase noventa por cento do livro. 

Temos também ao longo do livro trechos que são ditas como canções ou passagens do livro de Morrighan. Como dito antes só serve para reforçar à ideia de que a autora tem bem definida todo o conceito da serie, parecendo que sabe para onde tudo vai caminhar. Só que com pouco desenvolvimento, na parte que mais importa.

Mas essas pequenas introduções da trama como um todo, não somente serve para o desenvolvimento da estória futura, como também para deixar o livro muito mais fácil e menos cansativo de ler. 

Com tudo isso, devo dizer que o livro Kiss of deception tem uma premissa muito boa, uma estória diferente. Mas não tanto assim, no final já tava achado meio chato e cansativo, queria que algo mais se desenvolvesse, em relação ao enredo principal.  Mas acho que o foco, no fim será mais o romance, como em quase todos os livros.  E olha que tive uma dica, pelo nome em português ser crônicas de amor e ódio.  Achei uma idéia acertada da Darkside não traduzir o titulo original. Pois assim abre um leque de possibilidades, para o público que assim como eu foge um pouco de romances YA. Já que o livro é apresentado como um possível Jane Austen do século XXI. E isso também é outro ponto que me incomodou, pois no inicio do livro Lia é apresentada com determinação, independência e opinião forte. Mas bastam algumas paginas para ela se mostrar como uma pessoa que foi criada dentro de tradições e que mesmo que queira, ainda se vê presa e limitada por elas.  Não sendo capaz de questionar idéias pré estabelecidas por sua criação de nobreza e costumes de seu povo. Ficou difícil de acreditar que uma pessoa com opinião forte, não fosse capaz de duvidar nem por um segundo das idéias e ensinamentos acerca de outros povos. Mas creio que isso seja mais bem trabalhado nos próximos livros. Irei ler à continuação assim que sair. Para ver se a trama evolui, pois acredito que Kiss of deception ainda tem muito a oferecer. 

Autora: Mary E. Pearson
Ano: 2016  
Páginas: 406
Idioma: português
Editora: DarkSide 

Resenha: Mangá ReLIFE

ReLIFE    

  A História segue Kaizaki Arata, um desempregado de 27 anos que falha em todas as entrevistas de emprego após sair da última no qual ficou por somente três meses. Sua vida muda após conhecer Yoake Ryou do Instituto ReLIFE de Pesquisas, que o oferece uma droga capaz de modificar sua aparência para a de um jovem de 17 anos novamente e então tornar-se alvo de experimentos por um ano no qual que ele começa sua vida de estudante mais uma vez. 







Dando inicio a primeira resenha de mangás, escolhi um mangá relativamente novo no cenário, mais que já tem até anime (que por sinal recomendo bastante). ReLife tem como premissa uma estória que à principio é até boba. O personagem Principal, Arata  kaizaki, é um jovem de 27 anos desempregado, quer dizer, não exatamente desempregado, mas com um emprego de meio período em uma loja de conveniência. Porém, por motivos que não são apresentados de cara, quando terminou a escola ele largou o primeiro emprego que teve depois de 3 meses, e que poderia dar a ele um futuro promissor. Por esse ocorrido desde então Arata não consegue mais nenhum outro bom emprego. Mesmo tendo faculdade, e pós graduação. Já que quando vai as entrevistas os entrevistadores perguntam o motivo que fizeram ele durar tão pouco no primeiro emprego. Isso faz com que sua vida vire uma  bola de neve, tendo que mentir para seus amigos quando sai, dizendo que tem um emprego. Os pais dele o ajudam financeiramente, mas logo de cara no mangá, eles o avisam que não poderão mais ajudar. Isso serve apenas para ilustra o cenário da vida de Arata, quando esse se depara com o experimento ReLife, que tem como objetivo, reintegrar pessoas, que no Japão são conhecidas como NEET. Pessoas que estão fora do ramo empresarial.  O experimento consiste em participar de cobaia por um ano, tomando uma pílula para ficar jovem novamente, e ter a oportunidade de reviver suas experiências do ensino médio, podendo assim rever onde foi que tudo começou a dar errado. Com todas as dispensas e acomodações pagas pela empresa ReLife. Ao final desse um ano eles dão uma carta de recomendação para a cobaia, no caso Arata, e apagam as memórias, de todos que tiveram contato com ele. Isso tudo para vê como a presença dele influencia os outros. Mas tem uma ressalva, caso alguém descubra que Arata é uma pessoa mais velha o estudo é cancelado, e as memórias apagas.

A partir do momento que Arata começa a freqüentar a escola novamente, somos apresentados a outros personagens, que farão parte do enredo. Esses personagens têm desenvolvimento próprio, mas são ligados a Arata de uma forma ou de outra. O que torna o mangá interessante, é justamente isso. Pois é fácil se identificar com a situação de Arata, afinal quem nunca passou por problemas como não conseguir emprego, e entrar em crise existencial por conta disso?  Voltar para o ensino médio, o faz  analisar seu comportamento quando era mais novo, e foi para escola pela primeira vez.   Também é interessante ver como sempre tem uma parte dos costumes Japoneses nos mangás, costumes esses, bem diferentes do nosso. Já que aos 27 anos com um emprego de meio período, Arata se considera um fracassado, e velho. Enquanto que para nós Brasileiros é muito comum aos 20, 30, ou mais, ter um subemprego apenas para sobreviver.

O mangá tem vários momentos que nos faz refletir sobre crescimento pessoal, e como nossos atos acabam influenciando os outros à nossa volta. E o mais legal de tudo, tem vários momentos bons pra, rir. Fica aqui a dica desse mangá super bacana.


Volume: # 1
Ano: 2015
Páginas: 800
Idioma: português
Editora: Independente